Os programas da Santa Fé foram concebidos de forma sistêmica, onde tudo se inter-relaciona e responde às necessidades e complexidades das crianças e adolescentes, com processos que dialogam em sua totalidade. Todas as ações formam um conjunto harmonioso que visa o desenvolvimento do ser pleno, e não apenas suprir determinada vulnerabilidade.
Acolhimento
Moradia para crianças e adolescentes, de 0 a 18 anos, em situação de risco pessoal e social, com problemas de desarmonia familiar, vítimas de abuso ou violência doméstica.
Trabalho terapêutico individualizado para resignificar as dramáticas vivências, promovendo seu pleno desenvolvimento, até que possam emancipar-se ou voltar para sua família de origem ou ainda, ter uma nova família.
Moradia para meninas de 12 a 18 anos, grávidas e/ou acompanhadas de seus filhos. Em sua maioria, com vivência de rua, vítimas de maus tratos, abuso sexual, sem vínculo familiar ou com vínculos muito tênues.
As jovens-mães participam de um trabalho terapêutico individualizado para a vivência da maternidade precoce de forma construtiva e harmoniosa para mãe e filho, visando inibir a repetição dos maus tratos vivenciados.
Encaminhamento para uma vida autônoma e emancipada.
O programa Família Acolhedora Santa Fé segue as diretrizes do Serviço Nacional de Acolhimento Familiar, conforme preconizado no SUAS e no ECA. Sua efetivação se dará a partir de uma parceria com o projeto BEIP (Bucharest Early Intervention Project) que atualmente desenvolve a pesquisa "EI-3 - Impactos de Intervenções sobre a Institucionalização Precoce", cujo objetivo é observar o desenvolvimento de crianças em medida de proteção, em domínios específicos, incluindo atividade cerebral (EEG), apego, linguagem e cognição, funcionamento executivo (memória e monitoramento cognitivo). A partir destes domínios, a pesquisa visa estudar os efeitos significativos das modalidades de acolhimento (institucional e familiar), no desenvolvimento/desempenho destas crianças.
Famílias das Crianças Adolescentes
Apoio às famílias, visando o resgate da autonomia para que as crianças e adolescentes voltem a sua família (nuclear ou extensa), de forma sustentável e segura. Ressignificação das relações familiares combatendo, principalmente, a violência estrutural que permeia a maioria das famílias das crianças e adolescentes acolhidos na Santa Fé